A honestidade é o elemento que constitui os valores reais e absolutos tanto na subjetividade como na exteriorização do ser.
O ser humano vive hoje, consciente ou inconscientemente, o drama da autolatria exacerbada, causada pelo intrínseco desejo da alma sedenta por áureos valores reais.
Na busca frenética de conquistar, favorecer e beneficiar o próprio direito latente á razão e a ética, o individuo perde de vista a fontes de riquezas reais e eternas.
Uma vez desvirtuado do que é justo, verdadeiro, leal e amável. O coração do homem não estará interessado em conceituar o que é dever, mas sim na superficialidade do favor sujeito à dívida.
O ser humano é feliz,quando incondicionalmente pôe em prática suas verdadeiras virtudes,tendo como propósito a realização dos deveres morais a serem cumpridos em seus sodalícios e também aos transeuntes que formam o circulo social.
Em síntese, a resolução para este mal, está na transformação da ação motivadora que influencia o âmago de cada um de nós.
Julio Cesar
ENGENHO DA ALMA
Construindo uma nova consciência.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
quarta-feira, 13 de maio de 2009
sexta-feira, 6 de março de 2009
O céu pode esperar
A terra prometida não está em nenhuma latitude ou longitude específica.
Faz tempo que deixei de relacionar a salvação com a ida para o céu depois da morte. Em minha consciência religiosa, aquela noção de céu como um lugar reservado aos que foram declarados justos no tribunal de Deus ficou para trás. Hoje, ela ocupa o lugar de uma metáfora possível e legítima, especialmente para quem observa superficialmente a teologia paulina. Mas o caminho “terra-tribunal-céu” é apenas uma forma de representar a relação entre Deus e o ser humano, notadamente no que se refere ao destino eterno deste último. Mas há outras metáforas relacionando o Senhor e os homens além das figuras de juiz e réus – como, por exemplo, rei e súditos; general e soldados; senhor e escravos; mestre e discípulos. Das figuras bíblicas, a predileta de Jesus era pai e filho. Foi assim que nos ensinou a evocar e invocar o nome de Deus: “Abba”. Assim, podemos compreender que a salvação é a formação da pessoa de Jesus Cristo em cada ser humano, de modo que todos sejam conformes à imagem do unigênito filho de Deus. O ser humano criado à imagem e semelhança de Deus deve ser transformado à imagem de Jesus Cristo, “o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse” (Colossenses 1.15,19). Nesse sentido, a salvação pode ser compreendida como processo de “humanização”, que Joshua Heschel entendia como “superação da condição humana”, ou mais precisamente, como “cristificação”, uma vez que este humano em plenitude é como Cristo, participante da natureza de Deus, conforme II Pedro 1.4.A salvação em Jesus, portanto, é muito menos ir para determinado lugar do que tornar-se um tipo de pessoa. O que importa é a transformação do indivíduo, para que a imago Dei lhe seja restaurada, não mais à semelhança de Adão, mas do Cristo de Deus. Tal compreensão confere sentido à existência, não apenas de direção, mas de significado. Quem acorda na segunda-feira pensando no céu após a morte tende a desenvolver a fé expectante (que espera o porvir), enquanto aquele que se levanta da cama almejando ser como Cristo está mais próximo da fé enactante, ou seja, fé em ação, que está engajada no vir a ser.O processo no qual Deus nos convida a vir a ser como Cristo pode ser deduzido de quatro eventos paradigmáticos, que por sua vez sugerem quatro estágios da peregrinação espiritual. O primeiro está contido no chamamento de Adão após seu acesso ao fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seguido de fuga. Conforme Gênesis 3.9, Deus passeia pelo jardim e o chama, dizendo: “Adão, onde você está?” Evidentemente, o Senhor não queria descobrir a localização geográfica de Adão. Sua convocação era um chamamento à responsabilidade. Adão aparece, mas ainda escondido atrás de sua mulher, e depois ambos se escondem atrás da serpente. Um passo no processo de humanização é o acolhimento da responsabilidade – e a consequente dignidade que o direito de viver e existir impõe a todo ser humano.O segundo evento é a chamada de Abraão: “Sai da tua terra e da casa de teu pai, do meio da tua parentela, para uma terra que eu te mostrarei” (Gênesis 12.1-3). O rabino Bonder observa que nessa vocação não há endereço, só chamado: “Não se trata de uma trajetória para um lugar, mas sim de um caminho para si. Lech Lechá – assim convoca Deus a Abraão –, vá a si, até a terra que eu lhe mostrarei. O destino é o próprio meio. Simbólico da própria vida – à qual nos apegamos como se fosse a terra, a posse maior. Na fala divina, o objeto não é a terra, é o caminhar, é o ir”. Mais um passo na direção da cristificação é o seguimento de Jesus: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”, o que exige deixar tudo o mais (Mateus 4.18-20). O terceiro evento é o momento quando Deus pergunta pelo nome de Jacó, narrado em Gênesis 32.27. A expressão “Qual é o teu nome?” quer saber da identidade real, em detrimento da identidade idealizada, projetada ou assumida. Enquanto a personagem não for desmascarada, a pessoa à imagem de Deus e do seu Cristo não encontrarão espaço. Finalmente, ouvimos Deus dizer a Moisés: “Tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êxodo 3.5). Bonder explica novamente: “A descoberta final de todo peregrino, de todo andarilho que caminha para si mesmo, é que somos fundamentalistas. Esses fundamentos são os sapatos com os quais caminhamos pela vida. Esta relação tão ambígua entre o calçado e o caminhante, entre o fundamento e a essência, ou entre a sola e o solo, é o território por onde se dirige Abraão. Esta terra prometida não está em nenhuma latitude e longitude específica. Trata-se de uma viagem não geográfica. A vulnerabilidade maior está nos fundamentos, nas crenças básicas que carregamos em nossa identidade”. É também imprescindível passo no processo humanização-cristificação abandonar as teorias e se entregar ao mistério sagrado – de nada vale ser doutor da Lei; importa renascer: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3.3).
Texto: Ed Réne Kivitz
A terra prometida não está em nenhuma latitude ou longitude específica.
Faz tempo que deixei de relacionar a salvação com a ida para o céu depois da morte. Em minha consciência religiosa, aquela noção de céu como um lugar reservado aos que foram declarados justos no tribunal de Deus ficou para trás. Hoje, ela ocupa o lugar de uma metáfora possível e legítima, especialmente para quem observa superficialmente a teologia paulina. Mas o caminho “terra-tribunal-céu” é apenas uma forma de representar a relação entre Deus e o ser humano, notadamente no que se refere ao destino eterno deste último. Mas há outras metáforas relacionando o Senhor e os homens além das figuras de juiz e réus – como, por exemplo, rei e súditos; general e soldados; senhor e escravos; mestre e discípulos. Das figuras bíblicas, a predileta de Jesus era pai e filho. Foi assim que nos ensinou a evocar e invocar o nome de Deus: “Abba”. Assim, podemos compreender que a salvação é a formação da pessoa de Jesus Cristo em cada ser humano, de modo que todos sejam conformes à imagem do unigênito filho de Deus. O ser humano criado à imagem e semelhança de Deus deve ser transformado à imagem de Jesus Cristo, “o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse” (Colossenses 1.15,19). Nesse sentido, a salvação pode ser compreendida como processo de “humanização”, que Joshua Heschel entendia como “superação da condição humana”, ou mais precisamente, como “cristificação”, uma vez que este humano em plenitude é como Cristo, participante da natureza de Deus, conforme II Pedro 1.4.A salvação em Jesus, portanto, é muito menos ir para determinado lugar do que tornar-se um tipo de pessoa. O que importa é a transformação do indivíduo, para que a imago Dei lhe seja restaurada, não mais à semelhança de Adão, mas do Cristo de Deus. Tal compreensão confere sentido à existência, não apenas de direção, mas de significado. Quem acorda na segunda-feira pensando no céu após a morte tende a desenvolver a fé expectante (que espera o porvir), enquanto aquele que se levanta da cama almejando ser como Cristo está mais próximo da fé enactante, ou seja, fé em ação, que está engajada no vir a ser.O processo no qual Deus nos convida a vir a ser como Cristo pode ser deduzido de quatro eventos paradigmáticos, que por sua vez sugerem quatro estágios da peregrinação espiritual. O primeiro está contido no chamamento de Adão após seu acesso ao fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seguido de fuga. Conforme Gênesis 3.9, Deus passeia pelo jardim e o chama, dizendo: “Adão, onde você está?” Evidentemente, o Senhor não queria descobrir a localização geográfica de Adão. Sua convocação era um chamamento à responsabilidade. Adão aparece, mas ainda escondido atrás de sua mulher, e depois ambos se escondem atrás da serpente. Um passo no processo de humanização é o acolhimento da responsabilidade – e a consequente dignidade que o direito de viver e existir impõe a todo ser humano.O segundo evento é a chamada de Abraão: “Sai da tua terra e da casa de teu pai, do meio da tua parentela, para uma terra que eu te mostrarei” (Gênesis 12.1-3). O rabino Bonder observa que nessa vocação não há endereço, só chamado: “Não se trata de uma trajetória para um lugar, mas sim de um caminho para si. Lech Lechá – assim convoca Deus a Abraão –, vá a si, até a terra que eu lhe mostrarei. O destino é o próprio meio. Simbólico da própria vida – à qual nos apegamos como se fosse a terra, a posse maior. Na fala divina, o objeto não é a terra, é o caminhar, é o ir”. Mais um passo na direção da cristificação é o seguimento de Jesus: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”, o que exige deixar tudo o mais (Mateus 4.18-20). O terceiro evento é o momento quando Deus pergunta pelo nome de Jacó, narrado em Gênesis 32.27. A expressão “Qual é o teu nome?” quer saber da identidade real, em detrimento da identidade idealizada, projetada ou assumida. Enquanto a personagem não for desmascarada, a pessoa à imagem de Deus e do seu Cristo não encontrarão espaço. Finalmente, ouvimos Deus dizer a Moisés: “Tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êxodo 3.5). Bonder explica novamente: “A descoberta final de todo peregrino, de todo andarilho que caminha para si mesmo, é que somos fundamentalistas. Esses fundamentos são os sapatos com os quais caminhamos pela vida. Esta relação tão ambígua entre o calçado e o caminhante, entre o fundamento e a essência, ou entre a sola e o solo, é o território por onde se dirige Abraão. Esta terra prometida não está em nenhuma latitude e longitude específica. Trata-se de uma viagem não geográfica. A vulnerabilidade maior está nos fundamentos, nas crenças básicas que carregamos em nossa identidade”. É também imprescindível passo no processo humanização-cristificação abandonar as teorias e se entregar ao mistério sagrado – de nada vale ser doutor da Lei; importa renascer: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3.3).
Texto: Ed Réne Kivitz
Iron Maiden, Korn, Raimundos... Roqueiros de Deus ou do diabo?
Nico McBrainpor Joanna Brandão
Roqueiros, como o baterista do Iron Maiden, antes idolatrados por multidões de fãs, agora cultuam a Jesus Cristo. Nico McBrain, baterista do Iron Maiden: “Um dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”
A banda inglesa Iron Maiden, que estourou nos anos 80 com o estilo Heavy Metal de fazer rock, desembarca no Brasil na próxima quinta-feira, dia 12, para se apresentar pela turnê Somewhere Back In Time. O grupo, precursor do estilo e considerado um dos melhores do gênero, conta novamente com a sua formação original. A popularidade entre os roqueiros se deu através de sua maneira única de soar em canções, letras e capas de discos. O nome “Iron Maiden” é inspirado em um instrumento de tortura medieval, o qual se acha representado no filme O Homem da Máscara de Ferro. Suas letras exploram temas que vão do ocultismo a lendas, filmes, histórias de assassinatos, o escuro e a simbologia do número 666. Além disso, as capas dos álbuns são singulares, pois exibem sempre o mascote da banda, Ed, um morto vivo, em cenas sugestivas aos temas de cada disco.
Diante dessa atmosfera “pesada”, seria possível pensar em algum espaço para manifestações cristãs? Olhos e ouvidos voltados para Deus? Sim! O baterista da banda, Nico McBrain, é um exemplo de músicos de rock bem sucedidos, com carreiras mundialmente consolidadas e que, ao longo de suas vidas, se converteram ao cristianismo. Chocante? Inesperado? Talvez nem tanto. Ele próprio afirma que quando alguém se torna cristão, não está livre do pecado, mas deve buscar ao máximo uma vida longe deste mal.
A pergunta mais comum feita ao baterista é: Como você pode tocar em um grupo que apresenta uma canção chamada Number of the Beast (Número da Besta)? Nico afirma que a canção é sobre uma história que se encontra no livro das Revelações. “Um dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”, justifica o baterista.
Nico McBrain é um exemplo incrível de conversão de músicos que, pela própria natureza da profissão, lidam com uma série de fatores que muitas vezes os afastam de uma vida ao lado de Deus. Shows, fãs, turnês exaustivas e o universo das drogas e comportamentos promíscuos, muitas vezes associados ao estilo de vida no rock.
Muito conhecidos na história da música mundial e, especialmente do rock, são os casos de músicos que acabam deixando a vida precocemente de forma conturbada e perturbadora. O líder do grupo Nirvana, Kurt Cobain, no dia 5 de abril de 1994, atirou na própria boca e deixou o mundo com uma filha ainda criança. Sua carreira foi marcada por um sucesso meteórico, desgastes emocionais, depressão, drogas e, em particular, o vício pela heroína.
Brian e sua filhaMais conversões no rock - Felizmente, ainda é possível citar outros casos de músicos do rock que, como Nico McBrain, seguiram o caminho da salvação física e espiritual a partir do contato com os valores cristãos.
Brian Welch, ex-guitarrista do grupo Korn, é um outro bom exemplo de roqueiro convertido. No final de 2008, ele lançou o seu primeiro disco solo, Save Me From Myself. No álbum, o músico aborda questões particulares da sua vida como a luta para deixar as drogas, os motivos que o levaram a sair da banda e seu encontro com Deus.
No Brasil, temos a surpreendente história do músico Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda de hard-core Raimundos. No auge de sua carreira, o roqueiro sentiu o vazio em que vivia e se converteu. “Estava sozinho, morando em São Paulo, com uma vida louca, trezentas namoradas por aí, drogas a valer, balada todos os dias, fãs de montão, disco de platina, dinheiro na conta, agenda lotada de shows, mas completamente infeliz”, relata o cantor.
Em 2006, já convertido, Rodolfo lançou seu primeiro disco voltado para Deus, Santidade ao Senhor. Além disso, ministra cultos na igreja Bola de Neve Church e viaja junto de sua mulher para pregar a Palavra. “Quer ter vitória? Anda no caminho do Senhor, obedeça, leia a Bíblia e siga seus conselhos. Hoje não bebo, não é porque não possa, é porque não quero. Quero ter comunhão com o Pai”, aconselha o músico.
A exótica e mística Baby do Brasil - ex-Baby Consuelo e ex-integrante do grupo Novos Baianos - também impactou a muitos com sua conversão nos anos 90, recebendo, inclusive, muitas críticas. A estas, a cantora responde em uma de suas músicas: “E não importa o que vão pensar de mim. Eu quero é Deus. Eu quero é Deus.”
Fonte: Cristianismo Hoje
Nico McBrainpor Joanna Brandão
Roqueiros, como o baterista do Iron Maiden, antes idolatrados por multidões de fãs, agora cultuam a Jesus Cristo. Nico McBrain, baterista do Iron Maiden: “Um dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”
A banda inglesa Iron Maiden, que estourou nos anos 80 com o estilo Heavy Metal de fazer rock, desembarca no Brasil na próxima quinta-feira, dia 12, para se apresentar pela turnê Somewhere Back In Time. O grupo, precursor do estilo e considerado um dos melhores do gênero, conta novamente com a sua formação original. A popularidade entre os roqueiros se deu através de sua maneira única de soar em canções, letras e capas de discos. O nome “Iron Maiden” é inspirado em um instrumento de tortura medieval, o qual se acha representado no filme O Homem da Máscara de Ferro. Suas letras exploram temas que vão do ocultismo a lendas, filmes, histórias de assassinatos, o escuro e a simbologia do número 666. Além disso, as capas dos álbuns são singulares, pois exibem sempre o mascote da banda, Ed, um morto vivo, em cenas sugestivas aos temas de cada disco.
Diante dessa atmosfera “pesada”, seria possível pensar em algum espaço para manifestações cristãs? Olhos e ouvidos voltados para Deus? Sim! O baterista da banda, Nico McBrain, é um exemplo de músicos de rock bem sucedidos, com carreiras mundialmente consolidadas e que, ao longo de suas vidas, se converteram ao cristianismo. Chocante? Inesperado? Talvez nem tanto. Ele próprio afirma que quando alguém se torna cristão, não está livre do pecado, mas deve buscar ao máximo uma vida longe deste mal.
A pergunta mais comum feita ao baterista é: Como você pode tocar em um grupo que apresenta uma canção chamada Number of the Beast (Número da Besta)? Nico afirma que a canção é sobre uma história que se encontra no livro das Revelações. “Um dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”, justifica o baterista.
Nico McBrain é um exemplo incrível de conversão de músicos que, pela própria natureza da profissão, lidam com uma série de fatores que muitas vezes os afastam de uma vida ao lado de Deus. Shows, fãs, turnês exaustivas e o universo das drogas e comportamentos promíscuos, muitas vezes associados ao estilo de vida no rock.
Muito conhecidos na história da música mundial e, especialmente do rock, são os casos de músicos que acabam deixando a vida precocemente de forma conturbada e perturbadora. O líder do grupo Nirvana, Kurt Cobain, no dia 5 de abril de 1994, atirou na própria boca e deixou o mundo com uma filha ainda criança. Sua carreira foi marcada por um sucesso meteórico, desgastes emocionais, depressão, drogas e, em particular, o vício pela heroína.
Brian e sua filhaMais conversões no rock - Felizmente, ainda é possível citar outros casos de músicos do rock que, como Nico McBrain, seguiram o caminho da salvação física e espiritual a partir do contato com os valores cristãos.
Brian Welch, ex-guitarrista do grupo Korn, é um outro bom exemplo de roqueiro convertido. No final de 2008, ele lançou o seu primeiro disco solo, Save Me From Myself. No álbum, o músico aborda questões particulares da sua vida como a luta para deixar as drogas, os motivos que o levaram a sair da banda e seu encontro com Deus.
No Brasil, temos a surpreendente história do músico Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda de hard-core Raimundos. No auge de sua carreira, o roqueiro sentiu o vazio em que vivia e se converteu. “Estava sozinho, morando em São Paulo, com uma vida louca, trezentas namoradas por aí, drogas a valer, balada todos os dias, fãs de montão, disco de platina, dinheiro na conta, agenda lotada de shows, mas completamente infeliz”, relata o cantor.
Em 2006, já convertido, Rodolfo lançou seu primeiro disco voltado para Deus, Santidade ao Senhor. Além disso, ministra cultos na igreja Bola de Neve Church e viaja junto de sua mulher para pregar a Palavra. “Quer ter vitória? Anda no caminho do Senhor, obedeça, leia a Bíblia e siga seus conselhos. Hoje não bebo, não é porque não possa, é porque não quero. Quero ter comunhão com o Pai”, aconselha o músico.
A exótica e mística Baby do Brasil - ex-Baby Consuelo e ex-integrante do grupo Novos Baianos - também impactou a muitos com sua conversão nos anos 90, recebendo, inclusive, muitas críticas. A estas, a cantora responde em uma de suas músicas: “E não importa o que vão pensar de mim. Eu quero é Deus. Eu quero é Deus.”
Fonte: Cristianismo Hoje
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
QUANDO A VIDA DIZ: TCHAU!
Qual atitude escolher, quando o poder da existência se despede de nós.
Como uma amiga, que decide nos visitar, porém com data marcada para voltar a sua terra de origem; assim é a vida.
Uma companheira que nos causa medo, pavor, agonia, ódio, mágoa e sentimentos que machucam o frágil coração.
Entretanto, como perceber a sabedoria desse relacionamento paradoxal, que momentos estamos apaixonados por ela e, outros vivenciamos dias, horas, meses e anos de completa solidão, perplexidade, falta de animo e total afastamento do prazer de viver.
Uma boa definição para o entendimento e significado para a existencialidade, está nas palavras de um homem rico em experiências de vida, o rei Salomão (rei da antiga cidade de Jerusalém).
O rei Salomão falou: Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles;
antes que se escureçam o sol e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas,
e as portas da rua se fecharem; quando for baixo o ruído da moedura, e nos levantarmos à voz das aves, e todas as filhas da música ficarem abatidas;
como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho; e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e falhar o desejo; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
antes que se rompa a cadeia de prata, ou se quebre o copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou se desfaça a roda junto à cisterna,
e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.(bíblia sagrada,livro de eclesiastes,cap.12, VS 1-8
A vida é dom de Deus, como uma linda e formosa flor, acompanhada de duros espinhos.
A sabedoria para bem viver, está em crê em Deus, como criador de todas as coisas, e a discernir os dias maus,a carência da alma e o vazio interior.
Hoje é preciso aceitar, que apesar de todas as dores,crises,tribulações e anuncio de morte;Deus é o nosso consolador. (bíblia sagrada, João cap.14, vs16)
Julio Cesar,29 de janeiro de 2009
jaboatão - Vila rica
Pe
Qual atitude escolher, quando o poder da existência se despede de nós.
Como uma amiga, que decide nos visitar, porém com data marcada para voltar a sua terra de origem; assim é a vida.
Uma companheira que nos causa medo, pavor, agonia, ódio, mágoa e sentimentos que machucam o frágil coração.
Entretanto, como perceber a sabedoria desse relacionamento paradoxal, que momentos estamos apaixonados por ela e, outros vivenciamos dias, horas, meses e anos de completa solidão, perplexidade, falta de animo e total afastamento do prazer de viver.
Uma boa definição para o entendimento e significado para a existencialidade, está nas palavras de um homem rico em experiências de vida, o rei Salomão (rei da antiga cidade de Jerusalém).
O rei Salomão falou: Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles;
antes que se escureçam o sol e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;
no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas,
e as portas da rua se fecharem; quando for baixo o ruído da moedura, e nos levantarmos à voz das aves, e todas as filhas da música ficarem abatidas;
como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho; e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e falhar o desejo; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;
antes que se rompa a cadeia de prata, ou se quebre o copo de ouro, ou se despedace o cântaro junto à fonte, ou se desfaça a roda junto à cisterna,
e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.(bíblia sagrada,livro de eclesiastes,cap.12, VS 1-8
A vida é dom de Deus, como uma linda e formosa flor, acompanhada de duros espinhos.
A sabedoria para bem viver, está em crê em Deus, como criador de todas as coisas, e a discernir os dias maus,a carência da alma e o vazio interior.
Hoje é preciso aceitar, que apesar de todas as dores,crises,tribulações e anuncio de morte;Deus é o nosso consolador. (bíblia sagrada, João cap.14, vs16)
Julio Cesar,29 de janeiro de 2009
jaboatão - Vila rica
Pe
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
A arte da reanimação
Não permita que 2009 o encontre desanimado.
Não comece o Ano Novo sem ânimo.
Talvez você não saiba: o ânimo é uma de suas maiores riquezas. Sem ânimo, você não levanta o pé, não levanta a mão, não levanta a cabeça.
Sem ânimo, você não se alegra. Sem ânimo, você não vive.
O ânimo tem muito a ver com Deus.
É uma energia que se extrai da comunhão com Deus, que se armazena e que se gasta.
Quando o gasto é maior, por causa de circunstâncias especiais, as reservas de ânimo se acabam e você fica numa situação delicadíssima.
Daí a arte não da animação, mas da reanimação.
A prática constante da reanimação é a arte de recuperar o ânimo enfraquecido ou perdido, por meio de um esforço especial na presença de Deus, logo depois de uma significativa quebra de disposição provocada por qualquer situação de ordem interna ou externa.
Seja realista. Há muitas coisas que agridem o seu ânimo, todos os dias.
A começar com a canseira do corpo, com a repetição do mal, com a eterna mesmice das coisas, com as dificuldades no relacionamento doméstico, com o sufoco da falta de dinheiro, com a concorrência dos mais fortes, com o desprezo dos soberbos, com a dor das perdas, com as ameaças dos que detêm o poder, com a selvageria deste mundo cão, com a propaganda do absurdo, com a fragilidade da saúde e com a exposição sistemática daquilo que é hediondo.
Você ainda está no deserto e não em Canaã.
Você ainda é um cordeiro no meio de lobos.
O pecado ainda habita em você e ao seu redor, e quer dominá-lo.
Você ainda é parcialmente medroso, parcialmente tímido, parcialmente incapaz.
Você ainda está dentro de um corpo que precisa de água, comida, sono e descanso.
Daí a imperiosa necessidade da reanimação, vez após vez.
Em certa ocasião, um dos mais atraentes personagens da história sagrada passou por vários reveses.
A cidade onde Davi e outros 600 homens e suas famílias viviam foi incendiada.
As esposas e os filhos foram levados cativos por seus inimigos. Todos choraram até não mais poder.
Alguns ficaram insatisfeitos com a liderança de Davi e chegaram a pensar em apedrejar o seu chefe. Foi no meio dessa trapalhada toda que “Davi se reanimou no Senhor” (1 Sm 30.6).
Para tomar qualquer providência, para agir com acerto e coragem, e até para começar a movimentar-se depois daquela tragédia, Davi precisou recobrar seu velho ânimo.
Sem ânimo, ele não saberia o que fazer nem como fazer. O expediente deu certo.
Uma vez reanimado, Davi perseguiu e derrotou os amalequitas e trouxe de volta o despojo, as mulheres e as crianças.
Algum tempo antes, frente aos problemas gerados pela insegurança de Saul, Jônatas havia fortalecido a confiança de Davi em Deus (1 Sm 23.16). A esta altura foi Davi mesmo quem procurou reanimar-se no Senhor.
Você já observou quantas vezes Jesus apela para a reanimação? Ao paralítico de Cafarnaum (Mt 9.2) e à mulher hemorrágica (Mt 9.22), Ele ordenou: “Tem bom ânimo”.
Aos discípulos no mar da Galiléia (Mt 14.27) ou no cenáculo de Jerusalém (Jo 16.33), Jesus repetiu: “Tende bom ânimo”.
E a Paulo, quando o apóstolo estava preso numa fortaleza em Jerusalém, “o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem!” (At 23.11).
Não abra mão do ânimo. Se ele estiver em baixa, trate de renová-lo.
Se ele tiver acabado, busque-o outra vez. Não cometa suicídio emocional.
Apegue-se à prática diária da reanimação.
O segredo da reanimação repousa na expressão “no Senhor”.
Lembre que Davi se reanimou no Senhor e deu certo.
Abra o Salmo 37 e veja lá estas expressões: “Confia no Senhor” (v. 3), “Descansa no Senhor” (v. 7) e “Espera no Senhor” (v. 34).
São as mesmas palavras que Paulo usa na Epístola aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (v. 4).
Dirija suas súplicas de reanimação a Deus.
Fale abertamente de sua necessidade de reanimação.
Peça sem timidez alguma: “Anima-me!”, “Fortalece-me!”, “Livra-me do desânimo”, “Dá-me outra vez o ânimo de outrora” ou “Pastoreia-me!”.
Pratique o derrame de queixas e preocupações na presença de Deus. Esse desabafo espiritual esvazia sua alma de temores e abre espaço para o ânimo.
Você fica cheio não de medos, mas de ânimo.
Então você dirá sem vaidade alguma: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13), durante todo o Ano Novo. Deus o abençoe!(Revista Ultimato, edição Janeiro-Fevereiro 1999 - com adaptações
Não permita que 2009 o encontre desanimado.
Não comece o Ano Novo sem ânimo.
Talvez você não saiba: o ânimo é uma de suas maiores riquezas. Sem ânimo, você não levanta o pé, não levanta a mão, não levanta a cabeça.
Sem ânimo, você não se alegra. Sem ânimo, você não vive.
O ânimo tem muito a ver com Deus.
É uma energia que se extrai da comunhão com Deus, que se armazena e que se gasta.
Quando o gasto é maior, por causa de circunstâncias especiais, as reservas de ânimo se acabam e você fica numa situação delicadíssima.
Daí a arte não da animação, mas da reanimação.
A prática constante da reanimação é a arte de recuperar o ânimo enfraquecido ou perdido, por meio de um esforço especial na presença de Deus, logo depois de uma significativa quebra de disposição provocada por qualquer situação de ordem interna ou externa.
Seja realista. Há muitas coisas que agridem o seu ânimo, todos os dias.
A começar com a canseira do corpo, com a repetição do mal, com a eterna mesmice das coisas, com as dificuldades no relacionamento doméstico, com o sufoco da falta de dinheiro, com a concorrência dos mais fortes, com o desprezo dos soberbos, com a dor das perdas, com as ameaças dos que detêm o poder, com a selvageria deste mundo cão, com a propaganda do absurdo, com a fragilidade da saúde e com a exposição sistemática daquilo que é hediondo.
Você ainda está no deserto e não em Canaã.
Você ainda é um cordeiro no meio de lobos.
O pecado ainda habita em você e ao seu redor, e quer dominá-lo.
Você ainda é parcialmente medroso, parcialmente tímido, parcialmente incapaz.
Você ainda está dentro de um corpo que precisa de água, comida, sono e descanso.
Daí a imperiosa necessidade da reanimação, vez após vez.
Em certa ocasião, um dos mais atraentes personagens da história sagrada passou por vários reveses.
A cidade onde Davi e outros 600 homens e suas famílias viviam foi incendiada.
As esposas e os filhos foram levados cativos por seus inimigos. Todos choraram até não mais poder.
Alguns ficaram insatisfeitos com a liderança de Davi e chegaram a pensar em apedrejar o seu chefe. Foi no meio dessa trapalhada toda que “Davi se reanimou no Senhor” (1 Sm 30.6).
Para tomar qualquer providência, para agir com acerto e coragem, e até para começar a movimentar-se depois daquela tragédia, Davi precisou recobrar seu velho ânimo.
Sem ânimo, ele não saberia o que fazer nem como fazer. O expediente deu certo.
Uma vez reanimado, Davi perseguiu e derrotou os amalequitas e trouxe de volta o despojo, as mulheres e as crianças.
Algum tempo antes, frente aos problemas gerados pela insegurança de Saul, Jônatas havia fortalecido a confiança de Davi em Deus (1 Sm 23.16). A esta altura foi Davi mesmo quem procurou reanimar-se no Senhor.
Você já observou quantas vezes Jesus apela para a reanimação? Ao paralítico de Cafarnaum (Mt 9.2) e à mulher hemorrágica (Mt 9.22), Ele ordenou: “Tem bom ânimo”.
Aos discípulos no mar da Galiléia (Mt 14.27) ou no cenáculo de Jerusalém (Jo 16.33), Jesus repetiu: “Tende bom ânimo”.
E a Paulo, quando o apóstolo estava preso numa fortaleza em Jerusalém, “o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem!” (At 23.11).
Não abra mão do ânimo. Se ele estiver em baixa, trate de renová-lo.
Se ele tiver acabado, busque-o outra vez. Não cometa suicídio emocional.
Apegue-se à prática diária da reanimação.
O segredo da reanimação repousa na expressão “no Senhor”.
Lembre que Davi se reanimou no Senhor e deu certo.
Abra o Salmo 37 e veja lá estas expressões: “Confia no Senhor” (v. 3), “Descansa no Senhor” (v. 7) e “Espera no Senhor” (v. 34).
São as mesmas palavras que Paulo usa na Epístola aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (v. 4).
Dirija suas súplicas de reanimação a Deus.
Fale abertamente de sua necessidade de reanimação.
Peça sem timidez alguma: “Anima-me!”, “Fortalece-me!”, “Livra-me do desânimo”, “Dá-me outra vez o ânimo de outrora” ou “Pastoreia-me!”.
Pratique o derrame de queixas e preocupações na presença de Deus. Esse desabafo espiritual esvazia sua alma de temores e abre espaço para o ânimo.
Você fica cheio não de medos, mas de ânimo.
Então você dirá sem vaidade alguma: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13), durante todo o Ano Novo. Deus o abençoe!(Revista Ultimato, edição Janeiro-Fevereiro 1999 - com adaptações
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extraido da revista ultimato
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
DEUS SEM RELIGÃO
Domingo, 27 de Janeiro de 2008
Viver eticamente sem Deus
Richard Norman, professor de Filosofia na Universidade de Kent, autor do livro On Humanism, e membro da Associação Humanista Britânica, é entrevistado por David Edmons e Nigel Warburton e responde a perguntas como "Será possível viver uma vida ética sem religião?" e "O que é o humanismo?" A entrevista é em áudio e em inglês. Aqui.
Posted by De Rerum Natura at 12:34
4 comments:
alfredo dinis disse...
1. A entrevista do Prof. Richard Norman é muito interessante e exprime de forma sintética alguns aspectos da atitude dos Humanistas para com a religião em geral.
Gostaria de exprimir a minha discordância em relação a algumas ideias expressas e também a minha concordância em relação a outras.
2. Em primeiro lugar, estou de acordo em que qualquer pessoa pode viver uma vida moralmente recta apenas com base na razão humana.
Os valores éticos estão profundamente enraizados na natureza humana, afirma o Prof.
Norman. Estou completamente de acordo. Mas ele crê que quem tem uma religião tem que obedecer aos preceitos morais com ela relacionados não porque estão de acordo com a razão, mas porque foram impostos por alguma divindade.
Tal, porém, não está de acordo com os factos.
Não é difícil encontrar pessoas que tendo umas uma fé religiosa, e outras uma atitude agnóstica ou ateia, se orientam pelos mesmos princípios éticos. Para ser concreto, basta pensar em questões relacionadas com o início e o fim da vida, também referidas na entrevista.
Não é a religião que separa os grupos dos que se opõem ao aborto ou à eutanásia, por exemplo. É um facto. Isto mostra que o que está de acordo com a razão ou contra ela é uma questão complexa e que não se resolve sempre facilmente com o recurso à autoridade de uma divindade ou de um livro sagrado.
Embora muitas pessoas pensem o contrário, os crentes não estão dispensados da tarefa de justificarem racionalmente a sua moralidade. Também é verdade que muitas pessoas desconhecem que foi sempre posição da Igreja Católica, por exemplo, a afirmação de que cada pessoa é responsável antes de mais perante a sua consciência. Ninguém pode ser obrigado a agir contra a sua consciência.
Mas agir em consciência oferece as mesmas dificuldades da acção racional atrás referidas.3. O Prof. Norman considera que a crença numa divindade e nos valores éticos associados a uma religião pertence ao domínio do irracional.
Esta posição deriva logicamente do pressuposto, já referido, de que para quem tem uma fé religiosa as normas éticas são impostas por obrigação e não pela razão.
Mas eu não estou de acordo com este pressuposto. Se estivesse, já há muito tempo teria abandonado a minha fé.4.
Tem a existência humana uma finalidade? È possível viver eternamente?
Não terão os Humanistas pouco a oferecer nestes aspectos, perguntaram ao Prof. Norman..
Ele respondeu que prefere empenhar-se seriamente nesta vida sentindo-se plenamente responsável por ela, do que aceitar que estamos neste mundo para servir os interesses de algum ser superior.
Colocada a questão desta forma, parece que o único modo de pensar a relação dos seres humanos com Deus é a de a entender como uma submissão cega a um desígnio que a divindade lhe impõe sem que se saiba muito bem porquê.
A minha compreensão pessoal da relação que tenho com Deus não é esta.
Se assim fosse, já há muito que teria deixado de acreditar.
A relação de Deus com a Humanidade só vale a pena se ela permitir que cada ser humano se desenvolva plenamente e tenha a possibilidade de realizar as suas mais profundas aspirações, entre as quais está a da eternidade. Isto não dispensa de forma nenhuma os crentes de se empenharem plena e responsavelmente nesta vida, só porque crêem que terão outra.
A responsabilidade dos crentes nesta vida deverá ser pelo menos a mesma dos não crentes.
Pensar o contrário é apresentar uma caricatura da religião, pelo menos do cristianismo. 5. Finalmente, gostei de ouvir o Prof. Norman afirmar que não coloca do mesmo lado as pessoas que em nome de uma religião se fazem explodir matando outras pessoas, as que sustentam teses contra a ciência, e as que, em nome da sua fé, vivem uma vida de rectidão moral e de dedicação aos outros.
Creio que esta distinção é fundamental se se pretende conduzir algum iálogo, e até mesmo algum entendimento e colaboração recíprocos, entre crentes e não crentes.
O Prof. Norman reconhece que as tradições religiosas e as pessoas religiosas têm valores que não contradizem o Humanismo, antes pelo contrário, estão na mesma linha. Com esta posição faz sentido o diálogo entre crentes e ateus ou agnósticos.
Aliás, na mesma linha se pronunciou E. Wilson no seu recente livro A Criação, no qual afirma que crentes e não crentes devem colaborar para a defesa do planeta. Implicitamente, o Prof. Norman distanciou-se da posição extremista de autores como Richard Dawkins.6. Agradeço a quem colocou o post no De Rerum Natura e que me proporcionou assim a possibilidade de ouvir esta entrevista. Embora discorde de muito do que nela se diz, considero-a uma lufada de ar fresco neste blog. Muito obrigado.
27 de Janeiro de 2008 20:23
perspectiva disse...
Tanto crentes como não crentes podem viver uma vida ética.
Tanto crentes como não crentes podem errar em grande.
Não sei qual é a novidade disto. Mesmo os defensores do direito natural sempre sustentaram a existência de princípios normativos racionais comuns a todos os povos, independentemente da cultura ou da religião.
Todos os dias vemos pessoas sem fé a portarem-se melhor do que as pessoas que têm fé.No entanto, todos sabemos que ninguém é perfeito.
Ninguém pode dizer que nunca errou de alguma forma, por pensamento, palavra, acção ou omissão.
Por outro lado, a Bíblia nunca escondeu as imperfeições dos mais crentes. Vejamos o Velho Testamento Adão e Eva, com o paraíso a seus pés, ouviram mais a criatura do que o Criador. Caim matou Abel.
Noé, pouco depois do dilúvio, é visto embriagado e nu pelo seu filho Can, que o desrespeitou. Abraão é apresentado como tendo mentido duas vezes acerca da sua mulher Sara apenas para salvar a pele, além de ter tido relações sexuais com a sua escrava Agar para ter um herdeiro. Jacó é apresentado como tendo enganado o seu irmão Isaú e o seu pai Isaque para obter a benção da primogenitura.
Os filhos de Jacob, dos quais vêm as tribos de Israel, portaram-se indecentemente com José, um dos filhos de Raquel. David é apresentado como tendo adulterado e matado o marido da mulher com quem adulterou.
Absalão, o filho de David, é apresentado como tendo tentado destronar o pai e mantido relações sexuais publicamente com as suas concubinas, para humilhar David.Salomão, outro filho de David, é apresentado como tendo corrompido a religião judaica através do seus múltiplos casamentos com mulheres estrangeiras.
E no Novo Testamento? Os apóstolos são repreendidos por disputarem entre si a primazia. Pedro é apresentado como tendo negado Jesus três vezes. Paulo é apresentado como cúmplice na morte de Estevão.
Pedro e Paulo são apresentados como tendo severas discussões em matéria de teologia. A igreja de Corinto é censurada por Paulo por causa da sua imoralidade. etc, etc. A Bíblia não é um livro de propaganda. Ela é um livro de Verdade.
A Bíblia não está interessada em propaganda acerca do povo judeu, do cristianismo, ou dos "herois da fé". O único Santo no Velho Testamento é Deus.
O único santo no Novo Testamento é Jesus Cristo. Quanto a nós, crentes e não crentes, a Bíblia é clara: todos somos pecadores e separados da glória de Deus.
Mas a dádiva gratuíta de Deus é a salvação por Jesus Cristo nosso Senhor. Através da sua morte Jesus Cristo, Deus connosco, pagou para sempre o preço dos nossos pecados. Através da sua ressurreição, Ele garante-nos vida eterna, esperança eterna e amor eterno. Jesus Cristo, Deus encarnado, pode nos dar tudo o que necessitamos (v.g. vida, dignidade, valor, amor, perdão, esperança) para toda a eternidade.
Quem rejeita Jesus Cristo diz adeus a tudo isso. Apesar de tudo, sem Deus não existe um padrão objectivo e vinculativo de moralidade. Como dizia Fyodor Dostoiewsky, "se Deus não existe, tudo é permitido". Que assim é, tem sido aceite por muitos crentes e muitos ateus, entre os quais Sartre, Camus, Russell, Dawkins, etc.
Se a moralidade evoluiu aleatoriamente, que moralidade é essa? O que é que ela tem de inerentemente vinculativo? Porque é que ela nos vincula? Que obediência deve um acidente cósmico a outro acidente cósmico?
Existe efectivamente um padrão objectivo e vinculativo de moralidade, definido por um Deus 100% justo e 100% amoroso. Jesus levou sobre si 100% da justiça de Deus, para nós podermos beneficiar em 100% do amor de Deus. A boa notícia da Bíblia não é que os crentes não pecam. É que o amor de Deus é muito maior do que os nossos pecados.
28 de Janeiro de 2008 17:51
Jorge Arriaga disse...
Há muitas pessoas sem religião que batem aos pontos e por K.O. a maioría dos crentes. O Bem independe frequentemente das crenças de cada um. É o valor de cada um que conta, e não o "emblema" que ostente.Não é caso dos ateus que fanaticamente passam a vida a violentar as crenças alheias. Como o não é dos fanáticos religiosos que se deliciam a imaginar os não crentes no espeto eterno.
Viver eticamente sem Deus
Richard Norman, professor de Filosofia na Universidade de Kent, autor do livro On Humanism, e membro da Associação Humanista Britânica, é entrevistado por David Edmons e Nigel Warburton e responde a perguntas como "Será possível viver uma vida ética sem religião?" e "O que é o humanismo?" A entrevista é em áudio e em inglês. Aqui.
Posted by De Rerum Natura at 12:34
4 comments:
alfredo dinis disse...
1. A entrevista do Prof. Richard Norman é muito interessante e exprime de forma sintética alguns aspectos da atitude dos Humanistas para com a religião em geral.
Gostaria de exprimir a minha discordância em relação a algumas ideias expressas e também a minha concordância em relação a outras.
2. Em primeiro lugar, estou de acordo em que qualquer pessoa pode viver uma vida moralmente recta apenas com base na razão humana.
Os valores éticos estão profundamente enraizados na natureza humana, afirma o Prof.
Norman. Estou completamente de acordo. Mas ele crê que quem tem uma religião tem que obedecer aos preceitos morais com ela relacionados não porque estão de acordo com a razão, mas porque foram impostos por alguma divindade.
Tal, porém, não está de acordo com os factos.
Não é difícil encontrar pessoas que tendo umas uma fé religiosa, e outras uma atitude agnóstica ou ateia, se orientam pelos mesmos princípios éticos. Para ser concreto, basta pensar em questões relacionadas com o início e o fim da vida, também referidas na entrevista.
Não é a religião que separa os grupos dos que se opõem ao aborto ou à eutanásia, por exemplo. É um facto. Isto mostra que o que está de acordo com a razão ou contra ela é uma questão complexa e que não se resolve sempre facilmente com o recurso à autoridade de uma divindade ou de um livro sagrado.
Embora muitas pessoas pensem o contrário, os crentes não estão dispensados da tarefa de justificarem racionalmente a sua moralidade. Também é verdade que muitas pessoas desconhecem que foi sempre posição da Igreja Católica, por exemplo, a afirmação de que cada pessoa é responsável antes de mais perante a sua consciência. Ninguém pode ser obrigado a agir contra a sua consciência.
Mas agir em consciência oferece as mesmas dificuldades da acção racional atrás referidas.3. O Prof. Norman considera que a crença numa divindade e nos valores éticos associados a uma religião pertence ao domínio do irracional.
Esta posição deriva logicamente do pressuposto, já referido, de que para quem tem uma fé religiosa as normas éticas são impostas por obrigação e não pela razão.
Mas eu não estou de acordo com este pressuposto. Se estivesse, já há muito tempo teria abandonado a minha fé.4.
Tem a existência humana uma finalidade? È possível viver eternamente?
Não terão os Humanistas pouco a oferecer nestes aspectos, perguntaram ao Prof. Norman..
Ele respondeu que prefere empenhar-se seriamente nesta vida sentindo-se plenamente responsável por ela, do que aceitar que estamos neste mundo para servir os interesses de algum ser superior.
Colocada a questão desta forma, parece que o único modo de pensar a relação dos seres humanos com Deus é a de a entender como uma submissão cega a um desígnio que a divindade lhe impõe sem que se saiba muito bem porquê.
A minha compreensão pessoal da relação que tenho com Deus não é esta.
Se assim fosse, já há muito que teria deixado de acreditar.
A relação de Deus com a Humanidade só vale a pena se ela permitir que cada ser humano se desenvolva plenamente e tenha a possibilidade de realizar as suas mais profundas aspirações, entre as quais está a da eternidade. Isto não dispensa de forma nenhuma os crentes de se empenharem plena e responsavelmente nesta vida, só porque crêem que terão outra.
A responsabilidade dos crentes nesta vida deverá ser pelo menos a mesma dos não crentes.
Pensar o contrário é apresentar uma caricatura da religião, pelo menos do cristianismo. 5. Finalmente, gostei de ouvir o Prof. Norman afirmar que não coloca do mesmo lado as pessoas que em nome de uma religião se fazem explodir matando outras pessoas, as que sustentam teses contra a ciência, e as que, em nome da sua fé, vivem uma vida de rectidão moral e de dedicação aos outros.
Creio que esta distinção é fundamental se se pretende conduzir algum iálogo, e até mesmo algum entendimento e colaboração recíprocos, entre crentes e não crentes.
O Prof. Norman reconhece que as tradições religiosas e as pessoas religiosas têm valores que não contradizem o Humanismo, antes pelo contrário, estão na mesma linha. Com esta posição faz sentido o diálogo entre crentes e ateus ou agnósticos.
Aliás, na mesma linha se pronunciou E. Wilson no seu recente livro A Criação, no qual afirma que crentes e não crentes devem colaborar para a defesa do planeta. Implicitamente, o Prof. Norman distanciou-se da posição extremista de autores como Richard Dawkins.6. Agradeço a quem colocou o post no De Rerum Natura e que me proporcionou assim a possibilidade de ouvir esta entrevista. Embora discorde de muito do que nela se diz, considero-a uma lufada de ar fresco neste blog. Muito obrigado.
27 de Janeiro de 2008 20:23
perspectiva disse...
Tanto crentes como não crentes podem viver uma vida ética.
Tanto crentes como não crentes podem errar em grande.
Não sei qual é a novidade disto. Mesmo os defensores do direito natural sempre sustentaram a existência de princípios normativos racionais comuns a todos os povos, independentemente da cultura ou da religião.
Todos os dias vemos pessoas sem fé a portarem-se melhor do que as pessoas que têm fé.No entanto, todos sabemos que ninguém é perfeito.
Ninguém pode dizer que nunca errou de alguma forma, por pensamento, palavra, acção ou omissão.
Por outro lado, a Bíblia nunca escondeu as imperfeições dos mais crentes. Vejamos o Velho Testamento Adão e Eva, com o paraíso a seus pés, ouviram mais a criatura do que o Criador. Caim matou Abel.
Noé, pouco depois do dilúvio, é visto embriagado e nu pelo seu filho Can, que o desrespeitou. Abraão é apresentado como tendo mentido duas vezes acerca da sua mulher Sara apenas para salvar a pele, além de ter tido relações sexuais com a sua escrava Agar para ter um herdeiro. Jacó é apresentado como tendo enganado o seu irmão Isaú e o seu pai Isaque para obter a benção da primogenitura.
Os filhos de Jacob, dos quais vêm as tribos de Israel, portaram-se indecentemente com José, um dos filhos de Raquel. David é apresentado como tendo adulterado e matado o marido da mulher com quem adulterou.
Absalão, o filho de David, é apresentado como tendo tentado destronar o pai e mantido relações sexuais publicamente com as suas concubinas, para humilhar David.Salomão, outro filho de David, é apresentado como tendo corrompido a religião judaica através do seus múltiplos casamentos com mulheres estrangeiras.
E no Novo Testamento? Os apóstolos são repreendidos por disputarem entre si a primazia. Pedro é apresentado como tendo negado Jesus três vezes. Paulo é apresentado como cúmplice na morte de Estevão.
Pedro e Paulo são apresentados como tendo severas discussões em matéria de teologia. A igreja de Corinto é censurada por Paulo por causa da sua imoralidade. etc, etc. A Bíblia não é um livro de propaganda. Ela é um livro de Verdade.
A Bíblia não está interessada em propaganda acerca do povo judeu, do cristianismo, ou dos "herois da fé". O único Santo no Velho Testamento é Deus.
O único santo no Novo Testamento é Jesus Cristo. Quanto a nós, crentes e não crentes, a Bíblia é clara: todos somos pecadores e separados da glória de Deus.
Mas a dádiva gratuíta de Deus é a salvação por Jesus Cristo nosso Senhor. Através da sua morte Jesus Cristo, Deus connosco, pagou para sempre o preço dos nossos pecados. Através da sua ressurreição, Ele garante-nos vida eterna, esperança eterna e amor eterno. Jesus Cristo, Deus encarnado, pode nos dar tudo o que necessitamos (v.g. vida, dignidade, valor, amor, perdão, esperança) para toda a eternidade.
Quem rejeita Jesus Cristo diz adeus a tudo isso. Apesar de tudo, sem Deus não existe um padrão objectivo e vinculativo de moralidade. Como dizia Fyodor Dostoiewsky, "se Deus não existe, tudo é permitido". Que assim é, tem sido aceite por muitos crentes e muitos ateus, entre os quais Sartre, Camus, Russell, Dawkins, etc.
Se a moralidade evoluiu aleatoriamente, que moralidade é essa? O que é que ela tem de inerentemente vinculativo? Porque é que ela nos vincula? Que obediência deve um acidente cósmico a outro acidente cósmico?
Existe efectivamente um padrão objectivo e vinculativo de moralidade, definido por um Deus 100% justo e 100% amoroso. Jesus levou sobre si 100% da justiça de Deus, para nós podermos beneficiar em 100% do amor de Deus. A boa notícia da Bíblia não é que os crentes não pecam. É que o amor de Deus é muito maior do que os nossos pecados.
28 de Janeiro de 2008 17:51
Jorge Arriaga disse...
Há muitas pessoas sem religião que batem aos pontos e por K.O. a maioría dos crentes. O Bem independe frequentemente das crenças de cada um. É o valor de cada um que conta, e não o "emblema" que ostente.Não é caso dos ateus que fanaticamente passam a vida a violentar as crenças alheias. Como o não é dos fanáticos religiosos que se deliciam a imaginar os não crentes no espeto eterno.
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